Após quatro meses do plantio e do processo de cultivo do arroz, é chegada a hora de colher. Esse período de maturação é o ideal para uma boa secagem e armazenagem do grão. Dentro do sistema de produção, a colheita, a pós-colheita e a industrialização são as últimas operações antes da comercialização. Este fato é suficiente para justificar atenção especial, pois, nestas fases, o custo agregado ao produto é o mais alto, devido aos inúmeros gastos que já foram realizados durante o plantio.
O teor de umidade do grão é um dos principais aspectos que devem ser observados ao realizar a colheita do arroz. A umidade de massa ideal deve estar entre 18 e 25%. “Se colhido com teor muito elevado, haverá grãos em formação. Por outro lado, se a colheita for muito tarde haverá mais quebra de grãos no beneficiamento e, quando se destina a semente, o vigor poderá ser afetado”, explicou o produtor Ezequiel Araújo dos Santos.
A operação de colheita é realizada, geralmente, por diversos tipos de máquinas, desde as de pequeno porte tracionadas por trator, até as colhedoras automotrizes, dotadas de barra de corte de até seis metros de largura, as quais realizam, em sequência, as operações de corte, recolhimento, trilha e limpeza. “No entanto, para que não haja perdas durante esse processo é necessária uma intensa regulagem nas colheitadeiras”, completou Santos.
A perda do grão pode acontecer antes da colheita, na plataforma e nos mecanismos internos da colhedora. Antes da colheita as perdas devem-se ao fato do processo ser realizado fora de época, à ocorrência de chuvas em excesso, granizo e ventos. Na plataforma, as perdas mais frequentes ocorrem pela falta de manutenção das máquinas, a presença de plantas daninhas e a baixa densidade de plantas. “Na barra de corte, as perdas acontecem quando as navalhas estão quebradas, tortas ou sem fio e também devido à folga nas peças de ajuste da barra de corte”, comentou o agricultor Leandro Monteiro do Santos.
Outro aspecto importante é a atenção e conhecimento do operador, que deve conduzir a colheitadeira de maneira que aproveite toda a largura da barra de corte. “A velocidade deve ser controlada de acordo com as condições da cultura, para evitar menos perda possível”, salientou o produtor. Depois de colhido, o grão vai direto para a secagem e armazenagem, e após a safra é armazenada em sacos emplilhados ou em silos secadores.
FOTO 1: Após colhido, o grão vai direto para os silos de secagem e armazenagem
FOTO 2: Boa manutenção das máquinas permite maior rentabilidade durante a colheita
Fotos: Banco de Imagens do Irga
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