O arroz nosso de cada dia

Alimento de alto valor nutricional e produto indispensável da cesta básica do brasileiro, o ARROZ passa por um longo processo até chegar à mesa do consumidor. Neste blog, você poderá acompanhar, passo a passo, todas as etapas de produção deste cereal, desde a plantação até a industrialização.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Farinha de arroz ganha destaque na alimentação de escolas gaúchas

A inclusão da farinha de arroz na alimentação de crianças e jovens dentro das escolas do Rio Grande do Sul faz parte de um projeto experimental elaborado pelo Instituto Riograndense do Arroz – Irga em parceria com os municípios. Em desenvolvimento desde 2006, o Programa Arroz – RS tem como objetivo promover e incentivar o consumo de arroz através de novos pratos culinários no cardápio escolar. A nutricionista do Irga, Angélica Magalhães, diz que várias pesquisas estão sendo feitas para verificar as propriedades nutricionais no cereal, como o teor de proteínas, vitaminas, minerais e a quantidade de porções por receita. “Também estamos realizando testes nas escolas para ver a aceitação do alimento”, esclareceu.

Os alimentos, preparados pela Cozinha Experimental do Irga, já obtiveram aceitação do público consumidor, principalmente o pão francês, que reúne os dois tipos de farinha, a de trigo e a de arroz.

Oito municípios do interior do Estado já aderiram ao projeto através de várias atividades. Camaquã, Sentinela do Sul, Sertão Santana, Agudo, Candelária, Cachoeira do Sul, Cachoeirinha e Capivari do Sul (veja a localização no mapa abaixo), todos estes municípios arrozeiros, são atuantes no Projeto de Merenda Escolar. Em Capivari do Sul, além das escolas, entidades como a Pastoral da Criança e o Grupo da Boa Idade também adaptaram a farinha de arroz em seus cardápios. A coordenadora das duas entidades, Celi Bitencourt, diz que a farinha é incorporada a outros cereais e sementes, obtendo assim a multimistura, como é chamada no município. “Este alimento é destinado às crianças de baixo peso e aos idosos”, diz. Celi ressalta que depois que a Pastoral e o Grupo da Boa Idade começaram a utilizar a farinha como um complemento alimentar os resultados foram surpreendentes. “Nós tínhamos uma senhora no grupo que estava muito fraca e não conseguia mais caminhar direito”, contou. “Depois que adaptamos a mistura na sua alimentação, o desempenho físico dela melhorou muito.”

Para a nutricionista, os resultados vêm sendo positivos nestas regiões que estão substituindo em até 30% a farinha de trigo pela de arroz. “Outro aspecto importante para estes municípios é a viabilidade econômica”, salientou. Segundo Angélica, não basta apenas que a farinha seja útil, mas que também traga rentabilidade ao setor.

A nutricionista ressaltou também que a substituição parcial da farinha de trigo pela de arroz representaria uma redução significante na importação do trigo. Atualmente, o Brasil importa aproximadamente 60% do cereal que consome. “Com esta substituição, todos lucrariam, tanto o país quanto os orizicultores”, explicou.





Visualizar Farinha de arroz em um mapa maior

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