O arroz nosso de cada dia

Alimento de alto valor nutricional e produto indispensável da cesta básica do brasileiro, o ARROZ passa por um longo processo até chegar à mesa do consumidor. Neste blog, você poderá acompanhar, passo a passo, todas as etapas de produção deste cereal, desde a plantação até a industrialização.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ele vai bem com tudo

Arroz-de-carreteiro, o prato principal dos gaúchos

Arroz com feijão, prato indispensável de todos os brasileiros

Ele acompanha desde os pratos mais simples aos mais sofisticados. É de fácil preparo e é sempre bem-vindo nas mais diversas culturas e culinárias. O arroz é um dos pratos mais presentes no dia-a-dia dos brasileiros e, junto com o feijão, forma uma dupla rica em em vitaminas e minerais e indispensável a alimentação da população. Arroz-de-carreteiro, arroz de forno, arroz doce, bolinhos de arroz. A diversidade da cozinha brasileira quando o assunto é arroz se torna quase infinita e quando ele nao é acompanhante, ele é prato principal.

Arroz a grega, a moda chinesa, tailandesa, marroquino. O arroz está presente na culinária de várias lugares do mundo, as quais atrairam o gosto de todas as populações. O restaurante Riverside's, de Porto Alegre, oferece em seu cardápio diversas opções de pratos, onde o arroz é um imporante acompanhante ou o prato principal. "O sushi, mesmo preparado de uma maneira diferente do que a maioria das pessoas esta acostumada, e sempre um dos mais pedidos aqui no restaurante", diz o sushiman Ricardo Freire. Além do sushi, outros pratos são servidos diariamente e, a maioria, pedem o arroz como acompanhante.

Com objetivo de estimular ainda mais o consumo do cereal, principalmente no Rio Grande do Sul, um dos maiores protudores do país, o Instituto Riograndense do Arroz - Irga criou a Cozinha Experimental. Em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios (CEPAN) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Cozinha Experimental do Irga desenvolve pesquisas e cria diferentes receitas culinárias tendo como principal ingrediente o arroz.

A nutricionista e pesquisadora, Angélica Magalhães, diz que várias receitas são testadas pela Cozinha, onde são avaliados os componentes do cereal, desde o valor nutricional até a aceitabilidade do público. "Uma das maiores metas da Cozinha do Irga e criar novas receitas para estimular ainda mais o consumo do arroz", diz. "Ele é um alimento barato e de fácil acesso e quando combinado com outros alimentos pode se tornar um prato delicioso e também muito nutritivo."


POR QUE COMER ARROZ?
  • É rico em carboidratos, a peça mais importante do quebra- cabeça nutricional.
  • Tem alto valor nutricional. É importante fonte de minerais (fósforo, ferro e potássio) e vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina).
  • Auxilia na prevenção de doenças do sistema digestivo e do coração.
  • Auxilia no tratamento de diabetes
  • Reduz o risco de câncer de intestino.
  • Regula a flora intestinal, é anti-diarréico.
  • E recomendado para alimentação de atletas. Tem médio valor calórico e lenta absorção.
  • É hipoalergênico.
  • Não contém glúten (é recomendado para celíacos).
  • Não contém colesterol.
  • É indicado na convalescença de quase todas as doenças.
  • O arroz integral é rico em silício (útil na formação dos ossos, na prevenção da osteoporose e em terapia da fragilidade dos ossos).
  • Combinado com feijão pode auxiliar na prevenção de câncer oral.

Fotos: divulgação Irga

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Farinha de arroz ganha destaque na alimentação de escolas gaúchas

A inclusão da farinha de arroz na alimentação de crianças e jovens dentro das escolas do Rio Grande do Sul faz parte de um projeto experimental elaborado pelo Instituto Riograndense do Arroz – Irga em parceria com os municípios. Em desenvolvimento desde 2006, o Programa Arroz – RS tem como objetivo promover e incentivar o consumo de arroz através de novos pratos culinários no cardápio escolar. A nutricionista do Irga, Angélica Magalhães, diz que várias pesquisas estão sendo feitas para verificar as propriedades nutricionais no cereal, como o teor de proteínas, vitaminas, minerais e a quantidade de porções por receita. “Também estamos realizando testes nas escolas para ver a aceitação do alimento”, esclareceu.

Os alimentos, preparados pela Cozinha Experimental do Irga, já obtiveram aceitação do público consumidor, principalmente o pão francês, que reúne os dois tipos de farinha, a de trigo e a de arroz.

Oito municípios do interior do Estado já aderiram ao projeto através de várias atividades. Camaquã, Sentinela do Sul, Sertão Santana, Agudo, Candelária, Cachoeira do Sul, Cachoeirinha e Capivari do Sul (veja a localização no mapa abaixo), todos estes municípios arrozeiros, são atuantes no Projeto de Merenda Escolar. Em Capivari do Sul, além das escolas, entidades como a Pastoral da Criança e o Grupo da Boa Idade também adaptaram a farinha de arroz em seus cardápios. A coordenadora das duas entidades, Celi Bitencourt, diz que a farinha é incorporada a outros cereais e sementes, obtendo assim a multimistura, como é chamada no município. “Este alimento é destinado às crianças de baixo peso e aos idosos”, diz. Celi ressalta que depois que a Pastoral e o Grupo da Boa Idade começaram a utilizar a farinha como um complemento alimentar os resultados foram surpreendentes. “Nós tínhamos uma senhora no grupo que estava muito fraca e não conseguia mais caminhar direito”, contou. “Depois que adaptamos a mistura na sua alimentação, o desempenho físico dela melhorou muito.”

Para a nutricionista, os resultados vêm sendo positivos nestas regiões que estão substituindo em até 30% a farinha de trigo pela de arroz. “Outro aspecto importante para estes municípios é a viabilidade econômica”, salientou. Segundo Angélica, não basta apenas que a farinha seja útil, mas que também traga rentabilidade ao setor.

A nutricionista ressaltou também que a substituição parcial da farinha de trigo pela de arroz representaria uma redução significante na importação do trigo. Atualmente, o Brasil importa aproximadamente 60% do cereal que consome. “Com esta substituição, todos lucrariam, tanto o país quanto os orizicultores”, explicou.





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